A Justiça de São Paulo determinou nesta
quinta-feira (10/10) a reintegração de posse do prédio da USP Leste ocupado
desde o dia 2 de outubro por estudantes. Eles pedem eleições diretas na
universidade e que a USP adote medidas para a descontaminação do solo da região.
Para a juíza Carmen Cristina F. Teijeiro e
Oliveira, da 5ª Vara de Fazenda Pública, a ocupação do prédio administrativo
está "prejudicando o funcionamento da Universidade, bem como impedindo
servidores de cumprirem a sua carga horária, outros estudantes de frequentar
regularmente as aulas e, quiçá, gerando depredação do patrimônio público".
O terreno da USP Leste concentra gás metano –
altamente inflamável – proveniente do descarte do desassoreamento do rio Tietê.
No dia 2 de agosto, a unidade foi autuada pela Cetesb (Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo) por descumprimento de 11 exigências. Uma delas trata
justamente do sistema de extração de gases do subsolo.
Após a autuação da USP pela Cetesb, os
alunos e funcionários da USP no local decidiram no dia 10 de setembro entrar em greve para
exigir a adoção de medidas para descontaminação do solo.
Na sexta (04/10), o local foi vistoriado por técnicos da Cetesb. O resultado está sendo
agora analisado pela diretoria do órgão ambiental, que definirá as medidas
administrativas cabíveis. Caso fique comprovado que a unidade de ensino não
atendeu às exigências da agência ambiental, ela poderá ser multada.
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