A Justiça do Paraná revogou a prisão preventiva de dez
policiais acusados de torturarem suspeitos de envolvimento no caso Tayná,
adolescente morta em junho em Colombo (região metropolitana do Paraná).
Os policiais estavam presos desde
julho. A decisão da última sexta-feira (25/10) estabelece fiança de R$ 10 mil e
determina que os acusados se afastem das funções policiais, não deixem a cidade
por mais de oito dias e não se aproximem das supostas vítimas. Todos negam o
crime.
Tayná Adriane de Silva, 14 anos, foi encontrada morta perto de casa |
A juíza Aline Passos, que
determinou a liberação, entendeu que, por causa da demora das investigações, a
prisão preventiva poderia configurar "constrangimento ilegal" e,
portanto, "não se sustentava".
Passos também destacou que os réus têm residência fixa e
vêm colaborando com a Justiça.
Os advogados dos policiais ainda
tentam diminuir o valor da fiança na Justiça. Por causa disso, apenas o
delegado Silvan Rodney Pereira, que conduzia as investigações na época, deve
ser liberado ainda nesta segunda-feira (28/10), após o pagamento dos R$ 10 mil.
DENÚNCIA
Os policiais presos participavam
das investigações da morte de Tayná Adriane da Silva, 14, encontrada morta
perto de casa em junho.
Na época, quatro funcionários de
um parque de diversões próximo foram presos pela polícia e acusados de terem
estuprado e matado a adolescente.
Descobriu-se, porém, que o sêmen
encontrado na menina não pertencia a nenhum deles. Eles acusaram tortura
policial para que confessassem o crime e foram soltos, após perícias
comprovarem que haviam sido agredidos. Hoje, estão sob a guarda do programa de
proteção a testemunhas.
A defesa dos policiais diz que os
depoimentos que embasam a denúncia não são críveis e que há problemas na
investigação.
O Ministério Público informou que
não iria comentar a soltura dos acusados.
A polícia ainda não concluiu quem
matou a adolescente, e as investigações prosseguem.
Simplesmente a justiça brasileira é isso, e vai ser isso porque não existe homem ou mulher suficientemente que mude isso e quando tem a população não faz a escolha certa...
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