Escutas
telefônicas feitas pela Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro revelaram que o
major Edson dos Santos, ex-comandante da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora)
da Rocinha, na zona sul da capital fluminense, marcou um encontro de emergência
com policiais envolvidos no desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, 47,
para discutir o que seria dito aos investigadores do caso. Foi o que apontou a
rádio CBN, que teve acesso aos materiais da investigação.
Depois
de prestar depoimento por 12 horas na Polícia Civil, o major, como apontou a
reportagem, ligou para o policial Douglas Vital e pediu para que reunisse a
equipe no batalhão para o que chamou de "festa de despedida". Mas, de
acordo com as investigações, a ideia era reunir todos para combinar o mesmo
relato. E, após o encontro, todos os PMs apresentaram a mesma versão do caso.
As
mais de mil horas de conversas telefônicas gravadas também comprovaram que os
policiais teriam assediado e ameaçado testemunhas para que deixassem a
comunidade. "O major tinha falado para mim, caso o bagulho demorasse a
sair, ele mesmo ia ver uma parada para mim", disse um morador a um
policial não identificado sobre uma suposta casa que o major Edson dos Santos
teria prometido arranjar.
A Divisão de Homicídios ouviu ao todo 133 testemunhas, reuniu 16 horas
de filmagens e monitorou 20 pessoas através de escutas telefônicas. A Justiça
do Rio já decretou a prisão preventiva do major Edson Santos e de outros nove
policiais, acusados de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver de
Amarildo.
O diálogo entre um policial militar e sua namorada é uma
das confirmações, segundo a polícia, de que os dez PMs indiciados no caso
usaram todos os meios necessários para não deixar provas concretas do homicídio
do morador da Rocinha.
Segundo
consta no inquérito de 2.000 páginas, o PM Marlon Campos Reis disse à namorada,
depois de depoimento, que "eles já sabem tudo o que aconteceu, só não têm
provas". O delegado Rivaldo Barbosa, titular da Delegacia de Homicídios do
Rio de Janeiro, diz não ter dúvidas de que os agentes são os responsáveis pelo
sumiço, tortura e morte do pedreiro.
Esta oficialmente declarado que as fardas dda PM do Rio esta manchada! Manchadas de vergonha, de violência, de bandido... Rio um cidade de corrupção
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