Os 178 cães da raça beagle que foram retirados do Instituto Royal, em São
Roque, no interior paulista, na madrugada desta sexta-feira (18/10),
correm o risco de morrer. A informação é do delegado responsável pelo caso, e
foi corroborada por representantes da empresa, que é acusada por supostas
atividades de crueldade com animais em testes de produtos farmacêuticos.
— A preocupação agora é que não se sabe
para onde os cães que foram levados (pelos ativistas). Eles podem transmitir ou
pegar algo para outros cães e para as próprias pessoas que levaram. Segundo o
veterinário do instituto, eles são submetidos a tratamentos específicos. Tudo é
diferente, a água, a ração. Eles correm risco de morrer por não ter o
tratamento específico a que estão acostumados. No instituto, tudo é
esterilizado, alguns nasceram lá. A falta desse cuidado, segundo esse
funcionário do instituto pode trazer muitos danos.
A gerente geral do Instituto Royal, Silvia
Barreto Ortiz, reforçou no início da manhã desta sexta-feira, na saída da
delegacia de São Roque, o que disse o delegado. O advogado Daniel Antônio de
Souza Silva, que representa a empresa no caso, afirmou que parte do processo de
obtenção dos resultados das pesquisas demanda que os animais nasçam e vivam
dentro de um ambiente selado, sem que desenvolvam imunidade no contato com
humanos e outros bichos.
— A doutora Silvia já disse que boa parte
desses cães morrerá, já que eles não eram levados das ruas para o laboratório,
mas sim nasciam lá. Além de só terem contato com três ou quatro pessoas, eles
tinham acesso a uma comida processada, seguindo diversos processos de higiene,
tanto para os animais quanto para as poucas pessoas que tinham contato com
eles. Eles não têm contato com doenças, então parece até óbvio o que vai
acontecer.
O
advogado do instituto citou o exemplo das instalações que abrigam ratos e
camundongos (que não foram levados pelos ativistas). Silva comentou que a troca
de oxigênio para esses animais ocorre com uma frequência impossível de ser
reproduzida no mundo exterior, o que comprova o caráter excepcional dos
trabalhos realizados pela empresa.
— Veja as fotos que estão divulgando agora
[da retirada dos animais pelos ativistas]. Eles parecem estar maltratados? Se
eles fossem, garanto que essas pessoas teriam o maior interesse em mostrar
essas imagens, para corroborar o que dizem. Mas não é isso que se vê. As outras
fotos que circulavam antes dessa invasão foram colhidas por eles na internet, é
só você procurar no Google que você encontra beagle mutilado ou coelho sem
olho. Isso não saiu do instituto.
Com Informação Portal R7.
É simples a empresa tudo que parece vai sair ilesa, e isso continuará e os bichinhos que vão servi com experiencia. Tinha até um cachorro congelado lá. Parabéns aos ativistas!
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