Google+ Alemanha pede explicação por espionagem americana a Merkel ~ VOZ SEM CENSURA

24.10.13

Alemanha pede explicação por espionagem americana a Merkel


By on 11:44 AM

A Alemanha convocou o embaixador americano em Berlim nesta quinta-feira (24) diante das suspeitas de que os EUA espionaram o telefone celular da chanceler Angela Merkel, informou a porta-voz do ministério das Relações Exteriores.
"É correto que o embaixador americano foi convocado para uma reunião esta tarde com o ministro das Relações Exteriores (Guido) Westerwelle. No momento será apresentada claramente a posição do governo alemão", afirmou a porta-voz, confirmando uma informação divulgada pelo site da revista "Der Spiegel".
O caso da suposta espionagem foi revelado pela chancelaria alemã na véspera. A Casa Branca negou a acusação.


Os EUA estão enfrentando, nos últimos meses, uma série de acusações de espionagem internacional, após o vazamento de documentos feito pelo ex-consultor da NSA (agência de segurança nacional) Edward Snowden, atualmente asilado na Rússia.

Merkel ligou na quarta-feira para o presidente dos EUA, Barack Obama, para exigir uma explicação, depois da revelação sobre a possível espionagem.
Mas Obama garantiu que Washington "não espiona nem espionará suas comunicações".
Merkel disse que, se a informação fosse confirmada, ela consideraria algo "totalmente inaceitável" e seria um "golpe duro" para a confiança entre os países.

As informações provocaram reações irritadas na Alemanha, um dos aliados mais fiéis dos Estados Unidos, sobretudo porque desde que as atividades de espionagem de Washington foram reveladas por Snowden, Merkel teve uma reação compreensiva.
O ministro alemão da Defesa, Thomas de Maizière, disse que "caso as informações sejam exatas, seria realmente grave".

"Há anos suspeito que meu telefone está sob escuta. Mas nunca pensei que seriam os Estados Unidos", declarou Maizière ao canal público alemão.

"Os americanos são e continuam sendo nossos melhores amigos, mas isto não é correto", completou Maizière, antes de pedir ao governo dos Estados Unidos "o fim imediato" das práticas.

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